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domingo, 19 de abril de 2009

são duas pontas de saudade

o amor, duas esquinas desertas

sem rua que as una, sem

mapa que as refaça – nada

arrefece a dura e bomba

dúvida de ser só: ou ser

dois ou nenhum, eis a que-

rela do coração enquanto,

nulo, faz-se foguete sem

fogo em busca de um beijo

que o abrande: ex-quina.
5abr2oo9

os brancos da beleza (18abr2oo9)

sábado, 21 de março de 2009

eu, vogal de mulher




dizer do rosto, esta
palavra rosto, não diz
o susto que o meu olho ao te ver

da voz, a vez que a ouvi
a boca à deriva, mulher
navegava nela: eu, e

sempre, o que vazava
pela janela, paisagem
dela, vista para o

abismar

domingo, 15 de março de 2009

te vejo, perto, porém não
toco, teu carinho sim, mãos
me teclam e, tanto, perco
palavras lindas (as mais) para
dizer-te: "você é a
palavra que mais amo mas
jamais conheci", diria caso
te conhecesse.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

[é bom não querer um poema que diga tudo, não querer um poema que seja bom, mas, antes, um poema em que se reconheça, sem perder a manha e o prazer de jogar com as palavras.]


louco, amar, mas ir com tudo,
mil e mais braçadas de mar
vencidas, contudo nada
além da pele fresca ao sol
fica de uma fresta de mulher.